A questão de ensino em Moçambique

A questão de ensino em Moçambique, constitui o titulo que pretendemos discutir nesta abordagem

Com alguma preocupação, olha-se o sistema educativo actual em Moçambique caracterizada por produzir formandos inabilidades para nada na vida.

A educação tem de formar “pessoas” para obterem habitabilidades de saber ser e estar o que Benjamim Bloom chama de domínios educativos.

2. Situação de Moçambique

O facto é que, o sistema educativo actual, é “sem identidade”que não se enquadra em nenhuma das dimensões acima citadas.

Forma-se jovens habilitados em nada aliás, August Cury na obra “Código de inteligência” diz que “o sistema educativo actual tem por objectivo preparar alunos para o mercado e não para a vida.

Na verdade, no fundo não se prepara ninguém para nenhum dos espaços, constata Cury.

Ora, olhando para os alunos da actualidade que terminam nível básico, médio até superior, não mostram nenhum domínio de conhecimento muito menos habilidades para não falar do saber ser e estar.

Portanto, associado ao défice do conhecimento, existe o deficit de habilidades afectivas, não sabem respeitar o próximo, não tem carisma, são poucos senão nada generosos, falta de capacidade de suportar tensões, pressões etc.

Assim, são jovens dominados pelo egoísmo, individualismo, consumidos pelo espírito de competição pela fama, dominados pelo imediatismo.

Em suma, são jovens que tem deficit de decifrar aquilo que August Cury chama de códigos de inteligência.

3. Cenários

“As crianças e os adolescentes da actualidade, são agitados, ansiosos, insatisfeitos, especialistas em reclamar, não têm paciência, querem tudo na hora…”, frisa Cury.

Assim, a ausência da afectividade num indivíduo tem consequências imensuráveis.

pois, até pode ser um bom profissional, em termos de domínio de matérias mas se não sabe estar, respeitar, comportar-se com  os demais, está condenado ao fracasso.

O resultado disso, é a ausência da afectividade que a tragédia do ser frente ao ter se faz sentir.

Ana Barbosa Beatriz na sua obra ”Mentes consumistas, do consumismo à compulsão por compras” diz que muitas pessoas da actualidade, são capazes de quase tudo para obter coisas materiais.

Em tempos actuais, existem milhares de pessoas que acreditam, verdadeiramente, que o ter vale muito mais que o ser.

4. Causas

Portanto, o conhecimento, as habilidades e a efectividade são elementos importantes que devem estar alicerçados num indivíduo e a educação tem o dever de garantir isso mas não é o que acontece.

O que acontece é que o Jovem de actualidade, vai a escola para satisfazer os pais , ele como indivíduo não vê a importância de ir a escola, vai a escola e não sabe porquê.

Já dizia o Cury que o último lugar em que os alunos querem estar é na escola.

Cury diz que o excesso de informação,de estímulos visuais e sonoros advindos da TV e de estímulos proveniente dos computadores, internet, videogames, são responsáveis por esse desinteresse.

Até pode ser sobretudo na cidade e no campo, onde há dificuldades de acesso a essas plataformas?

Certas ou não essas evidências, a realidade moçambicana é de que a educação está falhar no concernente ao seu papel.

5. Fonte do problema?

A quem diga que desde a altura em que a ONU definiu a educação como um direito de acesso universal , é onde começa o erro.

Provavelmente seja por aqui onde Moçambique introduz“passagens automáticas”.

Esta deve ter sido uma forma de se descongestionar as turmas, garantindo a absorção de novos alunos e assegura o direito de acesso universal á educação formal.

Verdade ou não, o facto é que de algum tempo para cá, temos um sistema educativo desnorteado do foco.

Algo deve ser feito pois, como diz o ditado, “Investir em educação é investir no futuro”.

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