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Conceitos associados a Mudanças Climáticas, é o titulo do presente artigo em que pretendemos partilhar alguns conceitos relacionados a esta temática.
Hora, abordaremos conceitos de Mitigação, Adaptação, Resilência, Risco e Vulnerabilidade.
Portanto, nesste artigo não esgotamos as abordagens existentes sobre a temática, mas sim, iniciamos uma discussão que pode ser fortalecida com base em outras litertauras.
São conceitos associados a Climate Chnge e que a sua compressão é de bastante importância sobretudo para quem se interessa sobre a matéria.
Assim sendo, começamos com o conceito de Mitigação:
Mitigação
A mitigção, é definida pelo IPCC (2007) https://www.ipcc.ch/, como a intervenção para reduzir o “forçamento” antrópico no sistema climático.
O ISDR (2002) citado por Jacinto (2012), define mitigação como um conjunto de medidas estruturais e não estruturais.
Nesse sentido, significa tomar acções para reduzir os efeitos de um desastre antes que este ocorra (Ramirez, 2011 citado por Jacinto, 2012). Por isso, é contínua e operacional por meio da tomada de medidas.
Adaptação
A adaptação pode ser definida como um conjunto de medidas que pretendem minimizar os impactos das possíveis alterações futuras
Outros autores, Saavedra e Budd (2009) citados por Jacinto (2012), referem que se a mitigação conseguir manter os impactos das alterações climáticas em níveis razoáveis, a adaptação será capaz de lidar com os impactos.
Portanto, a adaptação diz respeito as formas de minimizar os impactos provocados pelas alterações climáticas, preparando o sistema para as alterações e situações extremas que daí possam advir.
Por outro lado, consiste num ajuste nos sistemas naturais e humanos, como resposta aos estímulos climáticos actuais ou esperados e seus efeitos.
Resiliência
A resiliência corresponde a uma estratégia permanente e abrangente no que respeita ao evento que coloca em causa o equilíbrio do sistema/comunidade (Jacinto, 2012).
Portanto, a resiliência é a capacidade de o homem, antecipar as alterações e dinâmicas futuras de forma a adaptar-se e estar preparado para lhes fazer face (Idem).
Nesse âmbito, o ordenamento territorial é uma das ferramentas que permite reduzir perdas e danos.
Já a Resilience Alliance Alliance (2010), define resiliência como a distância entre o estado de um sistema e um limiar crítico.
As Nações Unidas, no trabalho Living with Risk: A Global Review of Disaster Reduction Initiatives (ISDR 2002), apresentam um conceito de resiliência:
“ A capacidade de um sistema, comunidade ou sociedade resistir ou mudar de modo a poder ter um nível e estrutura de funcionamento aceitáveis”
Isto é determinado pelo grau no qual o sistema social é capaz de se organizar e pela capacidade de aprender e de se adaptar, incluindo a capacidade de recuperar de um desastre (UN/ISDR, 2002).
Portanto, a resiliência incide directamente sobre a capacidade de adaptação dos sistemas em relação à sua própria evolução num sentido da capacidade de conviver com os eventos extremos.
Assim, quanto mais resiliente for um sistema, menor a probabilidade de um evento extremo provocar um dano irreparável.
Outra vertente é ver a resiliência como uma estratégia de operação pelo qual medidas de mitigação e adaptação são vinculadas pelos instrumentos de planeamento e outros.
Risco
Jacinto (2012) refere o risco como o resultado da interacção homem e o meio, no entanto em cada área, e devido às suas características naturais específicas, existe maior ou menor propensão para determinado tipo de eventos extremos.”.
Portanto, o risco exprime a possibilidade de ocorrência e a respectiva quantificação em termos de custos, de consequências económicas ou mesmo para a segurança das pessoas.
Assim, o risco é a probabilidade de perda ou de consequências danosas para um determinado sistema
Assume-se, sendo um indicador composto, habitualmente expresso através da equação “Risco = Perigo x Vulnerabilidade / Capacidade” (ISDR, 2002).
Vulnerabilidade
Segundo Cunha e Dimuccio (2002) citados por Jacinto (2012), a vulnerabilidade é um indicador das consequências ou perdas num sistema (sociedade) resultantes do impacto de um evento extremo.
Assim, pode ser avaliada desde o valor económico-financeiro dos prejuízos e a quantidade de energia necessária para reparar as perdas e danos (Dauphiné, 2001 citado por Jacinto, 2012).
Já ISDR (2002, p. 342), considera como sendo um conjunto de condições e processos que resultam das diferentes dimensões, física/ambiental, social e económica que aumentam a susceptibilidade da sociedade/sistema a impactos.
Outros artigos realcionados com este conteúdo, estão disponiveis nesta página, por exmplo: https://climatechangemoz.com/adaptacao-e-mitigacao-a-mudancas-climaticas-em-mocambique-desmatamento-elemento-chave/
Referências Bibliográfias
Ramirez, R.V. (2011). Medidas de adaptación frente al cambio climático en la cuenca del río santa. Primeira edição. Perú.
Jacinto, R. (2012). Resiliência a eventos de seca e cheia no contexto dos instrumentos de planeamento (ordenamento e emergência). Cadernos curso de Doutoramento em Geografia, FLUP. Porto.