Moçambique e contribuição no aquecimento global, é o titulo deste artigo de opinião.
Portanto, o objectico é partilhar ideias do autor construídas com base nas observações e apoiadas com as leituras.
Assim, no artigo não estão citadas dados retirados de alguma pesquisa.
Portanto, este país é periférico na região da África Austral. Tem mais de 30 milhões de habitantes segundo dados do INE (disponíveis em http://www.ine.gov.mz/operacoes-estatisticas/censos/censo-2007).
Assim sendo, é um país que a sua população é maioritariamente pobre.
Contudo, esta população, vive nas áreas rurais onde a agricultura constitui a base de obtenção de alimentos e rendimentos para o sustento familiar.
1. Sector da Indústria em Moçambique
A actividade industrial no país é menos significativo para a economia apesar da tendência dos últimos anos de crescimento do sector.
Assim, por exmplo, a contribuição do sector no PIB nacional, a indústria transformadora, em 2013 contribuiu em 4.6% e viria a diminuir em ajudando com 2.1% em 2014 e voltou a subir em 14.8% no ano de 2014.
1.1. Indústrias de Moçambique
Nesse contexto, por exemplo a produção de alumínio na Mozal, a exploração de gás natural em Pande e Temane em Inhambane, a exploração de carvão mineral em Tete, contribuem na emissão de gases de efeito de estufa.
As emissões são responsáveis pelo aquecimento global e consequente mudanças climáticas.
No quadro 1, estão descritos alguns tipos de indústrias existentes e a sua localização.
Quadro 1: Indústrias existentes no pais
Assim, se Moçambique menos industrializado ou seja é caracterizado por existência de pequenas indústrias consequentemente a contribuição deste sector na componente de aquecimento global é reduzida.
1.2. Contribuição do sector na emissão de gases em Moçambique
Em Moçambique poucos estudos existem que abordam a questão da contribuição destas indústrias na emissão de gases poluentes.
No entanto, a forma pela qual a actividade é exercida sobretudo de exploração de carvão mineral e exploração de minérios, fica evidente que tem algum impacto sobre o ambiente.
No entanto, Países industrializados são sensibilizados a reduzir as suas emissões de gases de efeito de estufa nas suas actividades industriais.
As medidas tem haver com através a adopção de tecnologias limpas e aplicação de metodologias que assegurem a redução de impactos dos poluentes.
Por outro lado, os países em desenvolvimento como Moçambique, a sua responsabilidade cinge-se mais no incremento de medidas de mitigação e adaptação.
O país terá industrias de exploração de gás e petróleo na bacia de Rovuma em Cabo Delgado dai a necessidade de uso também de tecnologias limpas.
Este país e outros em desenvolvimento, sofrem de efeitos das mudanças climáticas.
Contudo, a diferenciação do papel entre países desenvolvidos e menos desenvolvidos na acção climática, é evidente que exista.
Essa situação resulta do grau de contribuição de cada um deles na emissão de gases de efeitos de estufa e da capacidade de adopção de tecnologias limpas bem como de adaptação e mitigação aos seus efeitos.
Apesar disso, todos os países devem lutar por um objectivo comum, redução de emissões de gases de efeito de estufa (por mais que um país emita menos) com vista a minimizar mais aquecimento global.
2. Agricultura, florestas e outros sectores em Moçambique
2.1. Agricultura
A agricultura no país é de sequeiro, o uso de instrumentos tradicionais (enxada de cabo curto, tracção animal para lavoura etc) e a dependência da chuva, são características desta agricultura mais praticada o país.
Contudo, o uso de fertilizantes é bastante reduzido no país. A pequena agricultura industrial existente dedica-se a produção de banana, hortícolas, arroz, macadâmia, entre outras culturas é a única em que se faz uso de fertilizantes.
Assim, a emissão de gases de efeitos de estufa neste sector é bastante reduzido apesar de não haver estudos que provam este facto (texto relacionado disponível em https://climatechangemoz.com/?p=673)
2.2. Florestas
O país é rico de recursos florestais mas a sua exploração não sustentável tem contribuído para a redução deste potencial.
Tem haver com o facto de as empresas que exploram por exemplo madeira não tem o feito de forma adequada embora seja exigido por exemplo um plano de maneio como um dos requisitos para a atribuição de licenças.
Por isso, por constituir uma fonte alternativa de sustento, as famílias rurais também exploram as florestas para a produção de carvão vegetal e outros produtos florestais.
Esta actividade de exploração também não tem sido “saudável” para o ambiente dada a quantidades de emissões produzidos devido ao processo de combustão na produção de carvão vegetal.
Existem as queimadas descontroladas registadas com maior frequência nas comunidades sobretudo na época época quando os camponeses fazem limpezas das áreas de cultivo para novas sementeiras.
O desmatamento é outra prática menos amigo do ambiente.
Essas todas actividades exercidas nas florestas tem contribuído para a emissão do CO2 e de outros gases responsáveis pela formação de efeito de estufa.
3. Resíduos sólidos
Outra questão preocupante neste território africano é a má gestão de resíduos sólidos.
As cidades e vilas de distrito produzem muitos resíduos e não tem havido capacidade para o seu tratamento.
As cidades possuem muitas lixeiras, locais de depósito de todo o tipo de resíduo recolhido
As lixeiras são de céu aberto contribuem para a emissão de gases tóxicos para o ambiente.
Em suma as emissões de gases de efeito de estufa em Moçambique, estão relacionado a:
- Queimadas descontroladas, e desmatamento, queima de combustíveis fosses (de carvão vegetal);
- Extracção mineira;
- Indústria transformadora e extracção;
- Armazenamento e Queima de resíduos sólidos