1.Cenário
Calor poderá matar mais de 74% da população mundial, titulo deste texto que se pretende partilhar
O estudo publicado em 2017 pela revista científica Nature Climate Change, alerta que 74% da população mundial estará exposta a ondas de calor mortíferas em 2100.
Isso pode acontecer se as emissões de gases com efeito de estufa continuarem a subir nas actuais taxas.
As mudanças climáticas podem aumentar o risco de condições que excedam a capacidade de termorregulação humana.
2. Metodologia usada
A quantificação do risco global de mortalidade relacionada ao calor continua a ser desafiadora devido à falta de dados.
Assim a existência de dados que permitam a comparação de mortes relacionadas ao calor, seria fundamental.
Contudo com base numa análise de eventos de calor letal documentados em 1980 e 2014, primeiro foram feitas para identificar as condições climáticas associadas à morte humana.
Posteriormente, foi quantificada a ocorrência actual e projectada as condições climáticas mortais em todo o mundo.
Assim, encontrou-se 783 casos de excesso de mortalidade humana associada ao calor de 164 cidades em 36 países (como pode se observar o mapa que se segue).
3. Conclusão
Com base nas condições climáticas desses eventos de calor letal, identificou-se um limiar global para além do qual a temperatura média diária do ar e a humidade relativa tornam-se mortais.
Cerca de 30% da população mundial está actualmente exposta as condições climáticas que excedem este limiar mortal por pelo menos 20 dias por ano.
Até 2100, esta percentagem deverá aumentar para 48% em um cenário com reduções drásticas de emissões de gases de efeito estufa e 74% em um cenário de emissões crescentes.
Assim, mesmo com redução das emissões, quase metade das pessoas estará em perigo (48%), será muito agravada se os GEE não forem reduzidos.
O estudo foi liderado pelo professor de Geografia do departamento de Ciências Sociais da Universidade do Havai em Manoa, Camilo Mora.
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